quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Criação

Olá... Estamos quase lá. Já está chegando...

Já está chegando o dia do espetáculo de conclusão da nossa oficina teatral. E também estamos com a criação entalada na artéria venal do coração. Apesar do texto ter sido adaptado e muito simplificado as personagens ainda possuem uma grande profundidade que é tão grande quanto a capacitade de enxergar desenhos em nuvens, já que as cenas e as falas foram levadas até o mais simples e essêncial. Devo acreditar também que foram levadas até a maior qualidade possivel e vou agora me ultilizar de palavras da Clarisse Linspector pelo meu argumento "Que ninguém se engane, só consigo a simplicidade através de muito trabalho". Pois essa nossa simplicidade terá de ser o nectár puro da criação, já que não somos dotados de tecnicas nem de grande conhecimento teatral nos restará o maximo de nossa humanidade a flor da pele nesta nossa religião, neste nosso ritual, onde nenhum pensamento será escondido frente ao publico. Apenas tenha a vaga impressão de estar com vergonha ou por demais orgulhoso de si e o publico perceberá, e se não perceber não é bom publico, nem nós estaremos atores (como me ensinou minha amiga Iolanda). Acredito também que temos que brincar, já que não se pode compreender plenamente outro ser-humano, podemos apenas compreender a nós mesmo e através de muito trabalho (como me ensinou a Clarisse Linspector), devemos fingir que acreditamos ser outra pessoa pelo que podemos compreender de nós mesmos através de nossos sentimentos espelhados no outro ser humano. O processo será dificil e está sendo prazerosissimo! Espero que possamos dar conta deste nosso trabalho e entrega-lo junto a muito amor para o publico afim de sanar a ele e a nós mesmos.

Sorte! Amor! E muita merda para todos nós!
Junto a gente da conta... ;D

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Inscrições Prorrogadas


Pessoal!

As inscrições para as oficinas do projeto Tecendo Arte foram PRORROGADAS até o dia 28/10.

Quem já se inscreveu, é aconselhavel reenviar a carta de interesse em virtude de um problema técnico que ocorreu. A inscrição já pode ser feita através do site:

www.grupotecelagem.com.br/inscricao.html

Aproveitem e divulguem para quem possa estar interessado.

abraços!

domingo, 11 de outubro de 2009


Pessoal!!! Notícia fresquinha pra vocês!
O grupo Tecelagem está realizando o projeto Tecendo Arte através de incentivo da Petrobrás e abre inscrições para 4 OFICINAS CULTURAIS nas áreas de Artes Cênicas (teatro e commedia dell'arte), Música (percussão) e Artes Plásticas.
Elas se iniciam à partir do dia 26 de outubro, 1 dia na semana durante 9 meses, e serão ministradas na sede do grupo.
O modo de seleção é através de carta de interesse.
As inscrições vão do dia 9/10 a 21/10, e podem ser feitas na sede ou preenchidas no site.
GRATUITO
Rua São Jerônimo, 311 - Jardim das Indústrias, Jacareí - SP
Informações (12) 3951 4039 - (12) 9739 3161 - (12) 9739 4200
Vocês podem visualizar o folder completo aqui, com horários, dias, vagas e professores.
APROVEITEM, DIVULGUEM!







sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos.

A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos. Enquanto sentimos os males e as injúrias de Hamlet, príncipe da Dinamarca, não sentimos os nossos — vis porque são nossos e vis porque são vis.

O amor, o sono, as drogas e intoxicantes, são formas elementares da arte, ou, antes, de produzir o mesmo efeito que ela. Mas amor, sono, e drogas tem cada um a sua desilusão. O amor farta ou desilude. Do sono desperta-se, e, quando se dormiu, não se viveu. As drogas pagam-se com a ruína de aquele mesmo físico que serviram de estimular. Mas na arte não há desilusão porque a ilusão foi admitida desde o princípio. Da arte não há despertar, porque nela não dormimos, embora sonhássemos. Na arte não há tributo ou multa que paguemos por ter gozado dela.

O prazer que ela nos oferece, como em certo modo não é nosso, não temos nós que pagá-lo ou que arrepender-nos dele.

Por arte entende-se tudo que nos delicia sem que seja nosso — o rasto da passagem, o sorriso dado a outrem, o poente, o poema, o universo objectivo.

Possuir é perder. Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência.

Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, Livro 1, pág. 226

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