sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

OFICINA "Do Riso à Lágrima"

PESSOAL!!!

Não dêem bobeira, as inscrições para a oficina de Palhaço e Melodrama vão até dia 12 (sábado) e são GRATUITAS. Ainda tem bastante vaga disponível, é só enviar CURRICULO (com telefone) + CARTA DE INTERESSE.

A Ana Luisa Cardoso que dá a oficina é um barato. Já tive a oportunidade de fazer Melodrama com ela e me diverti muito, valhe a pena!

Mais informações sobre ela e sobre a programação da mostra no site:
http://www.grupotecelagem.com.br/mostra.html

Beijos!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

II Mostra de Teatro UMBERTO MAGNANI

Depois de muita expectativa e trabalho...

Acontece do dia 9 ao dia 20 de dezembro a II MOSTRA DE TEATRO UMBERTO MAGNANI, produzida pelo Instituto Cultural Tecelagem da Arte e apoio da Fundação Cultural de Jacareí.

Serão 15 espetáculos, 1 oficina de Palhaço/Melodrama e uma noite de autógrafos com Umberto Magnani. Grupos de Goiânia, Rio de Janeiro, São Paulo, São José dos Campos e Jacareí.
Ingresso: R$12,00inteira/R$6,00meia
(Todos os alunos das oficinas do projeto Tecendo Arte que estejam cursando REGULARMENTE terão direito à meia entrada)

Locais:
Espaço Tecelagem - Sala Cênica Umberto Magnani: 80 lugares
Pátio dos Trilhos (palco de natal)
Informações: 3958.4959 / 9739.3161
Multiplique a cultura, vamos fazer esse evento crescer e fortalecer o teatro na cidade!

sábado, 5 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Oportunidades

Procuram-se atores que aparentem ter 15 anos para curta metragem "Eu não quero voltar sozinho" dirigido por Daniel Ribeiro, diretor do curta "Café com leite" vencedor do Urso de Cristal no festival de Berlim 2008.
Interessados devem enviar foto e curriculo para: elencosozinho@lacunafilmes.com.br


Tizuka Yamazaki procura atores para filme "Aparecida", o filme, será rodado no Vale do Paraíba. Enviar curriculo e foto para: chrislobato@aparecidaofilme.com.br

domingo, 29 de novembro de 2009

SP Escola de Teatro

Está abrindo em São Paulo capital uma nova escola de Teatro, e o melhor, seus cursos são gratuitos. Mas ATENÇÃO! as inscrições vão apenas até dia 4 de Dezembro!

www.spescoladeteatro.org.br/

"As inscrições para o processo seletivo dos cursos regulares da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco podem ser feitas de 26 de novembro a 4 de dezembro de 2009 na Sede Provisória da Escola, localizada na Avenida Rangel Pestana, 2.401, Brás, São Paulo, Capital. Cada artista-aprendiz poderá se inscrever somente em um dos cursos regulares. As inscrições só podem ser realizadas pessoalmente.

Serão oferecidas 200 vagas, sendo 25 vagas para cada um dos seguintes cursos:

  • Atuação
  • Cenografia e Figurino
  • Direção
  • Dramaturgia
  • Humor
  • Iluminação
  • Sonoplastia
  • Técnicas de Palco

O candidato da SP Escola de Teatro deve ter no mínimo 18 anos até a data de início do curso e Ensino Médio completo.
Todos os cursos são gratuitos. Também serão oferecidas 100 bolsas de estudos no valor de R$ 545 destinadas a estudantes com baixa renda. O processo seletivo será composto por duas fases: 1ª fase eliminatória, de natureza dissertativa; 2ª fase classificatória, formada por provas de aptidão.
O início das aulas será no dia 20 de fevereiro. Horário das aulas: 9h às 13h, de terça a sexta-feira; sábados: das 9h às 13h e das 14h30 às 18h30."

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

VEM BUSCAR-ME QUE AINDA SOU TEU


Venham assistir ao espetáculo: "Vem Buscar-me que Ainda sou Teu", conclusão da oficina teatral ministrada por Mariza Junqueira (coordenação e direção) entre maio e novembro de 2009. Inspirado no texto homônimo de C. A. Sofredini.

Dia: 01 de dezembro - terça-feira
Local: Sala Mario Lago - Jacareí
Horários: 19 hs e 21 hs

Entrada GRATUITA (retirada de ingressos com meia hora de antecedência)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Biomecânica de Meyerhold

Oi, pessoal!

Na última segunda-feira a Iris nos deixou dois textos curtos para lermos: a mímica no século XX e a história do teatro brasileiro, ambos uma contextualização breve. Os textos vão estar sempre disponíveis no espaço e quem quiser uma cópia, é só anotar o nome na lista de xerox. Mesmo assim, vou disponibilizar eles aqui no blog (em baixo dos Colaboradores) para criar um acervo virtual da oficina.

A idéia geral do primeiro texto é a valorização do corpo do ator em detrimento do texto e dos outros elementos que compõem o espetáculo (cenário, figurino, música...).

Um dos teóricos que o texto cita é o diretor russo Meyerhold. Ele trabalha o ator através da Biomecânica, que é basicamente a decomposição de cada movimento, e a consciência de como o corpo executa esses movimentos (ossos + músculos), possibilitando uma melhor análise dos seus significados. Seguem dois vídeos com exercícios de Biomecânica para ilustrar.

Abraços!



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O PALCO - blog/jornal

O Palco é um Informativo Cultural, impresso, da cidade de Jacareí. Nele você fica informado sobre: arte, música, teatro, exposições e eventos, tudo que você gostaria de saber sobre a cultura da cidade. O Blog será a extensão do informativo, levando ao leitor mais informações.

blog: http://blogopalco.blogspot.com
email: opalco.info@gmail.com
twitter: http://twitter.com/OPalco

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Marcel Marceau e a Mímica

Eliane, Katia e Guilherme,

que ótimo encontrar vocês na oficina de Mímica!! Fiquei muito feliz de ver que vocês estão dando continuidade ao teatro em suas vidas e feliz de saber que vamos passar um bom tempo juntos nos descobrindo.

O que acharam do primeiro encontro? Pra mim foi uma delícia, é sempre bom estar em um lugar onde você pode errar e aprender, voltar do ponto de partida e perceber que você ainda não sabe NADA.

E cá entre nós... esse negócio de mímica é bem difícil! Eu devo ter quebrado umas 3 xícaras, uns 4 copos, 2 garrafas, pedi carona pra estranho... rs. Mas consegui sair com minha primeira lição: o OLHAR. Se você vê os objetos tudo fica mais fácil e induz o olhar do espectador também.

Pra finalizar, deixo um vídeo de um mestre da mímica que descobri por acaso esperando uma consulta no oftalmologista. Marcel Marceau (foto no título do blog). Ele estudou com o Étienne Decroux (a Iris comentou sobre ele) e também se inspirou nos clowns da Commedia Dell'arte italiana. Muito bom!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Criação

Olá... Estamos quase lá. Já está chegando...

Já está chegando o dia do espetáculo de conclusão da nossa oficina teatral. E também estamos com a criação entalada na artéria venal do coração. Apesar do texto ter sido adaptado e muito simplificado as personagens ainda possuem uma grande profundidade que é tão grande quanto a capacitade de enxergar desenhos em nuvens, já que as cenas e as falas foram levadas até o mais simples e essêncial. Devo acreditar também que foram levadas até a maior qualidade possivel e vou agora me ultilizar de palavras da Clarisse Linspector pelo meu argumento "Que ninguém se engane, só consigo a simplicidade através de muito trabalho". Pois essa nossa simplicidade terá de ser o nectár puro da criação, já que não somos dotados de tecnicas nem de grande conhecimento teatral nos restará o maximo de nossa humanidade a flor da pele nesta nossa religião, neste nosso ritual, onde nenhum pensamento será escondido frente ao publico. Apenas tenha a vaga impressão de estar com vergonha ou por demais orgulhoso de si e o publico perceberá, e se não perceber não é bom publico, nem nós estaremos atores (como me ensinou minha amiga Iolanda). Acredito também que temos que brincar, já que não se pode compreender plenamente outro ser-humano, podemos apenas compreender a nós mesmo e através de muito trabalho (como me ensinou a Clarisse Linspector), devemos fingir que acreditamos ser outra pessoa pelo que podemos compreender de nós mesmos através de nossos sentimentos espelhados no outro ser humano. O processo será dificil e está sendo prazerosissimo! Espero que possamos dar conta deste nosso trabalho e entrega-lo junto a muito amor para o publico afim de sanar a ele e a nós mesmos.

Sorte! Amor! E muita merda para todos nós!
Junto a gente da conta... ;D

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Inscrições Prorrogadas


Pessoal!

As inscrições para as oficinas do projeto Tecendo Arte foram PRORROGADAS até o dia 28/10.

Quem já se inscreveu, é aconselhavel reenviar a carta de interesse em virtude de um problema técnico que ocorreu. A inscrição já pode ser feita através do site:

www.grupotecelagem.com.br/inscricao.html

Aproveitem e divulguem para quem possa estar interessado.

abraços!

domingo, 11 de outubro de 2009


Pessoal!!! Notícia fresquinha pra vocês!
O grupo Tecelagem está realizando o projeto Tecendo Arte através de incentivo da Petrobrás e abre inscrições para 4 OFICINAS CULTURAIS nas áreas de Artes Cênicas (teatro e commedia dell'arte), Música (percussão) e Artes Plásticas.
Elas se iniciam à partir do dia 26 de outubro, 1 dia na semana durante 9 meses, e serão ministradas na sede do grupo.
O modo de seleção é através de carta de interesse.
As inscrições vão do dia 9/10 a 21/10, e podem ser feitas na sede ou preenchidas no site.
GRATUITO
Rua São Jerônimo, 311 - Jardim das Indústrias, Jacareí - SP
Informações (12) 3951 4039 - (12) 9739 3161 - (12) 9739 4200
Vocês podem visualizar o folder completo aqui, com horários, dias, vagas e professores.
APROVEITEM, DIVULGUEM!







sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos.

A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos. Enquanto sentimos os males e as injúrias de Hamlet, príncipe da Dinamarca, não sentimos os nossos — vis porque são nossos e vis porque são vis.

O amor, o sono, as drogas e intoxicantes, são formas elementares da arte, ou, antes, de produzir o mesmo efeito que ela. Mas amor, sono, e drogas tem cada um a sua desilusão. O amor farta ou desilude. Do sono desperta-se, e, quando se dormiu, não se viveu. As drogas pagam-se com a ruína de aquele mesmo físico que serviram de estimular. Mas na arte não há desilusão porque a ilusão foi admitida desde o princípio. Da arte não há despertar, porque nela não dormimos, embora sonhássemos. Na arte não há tributo ou multa que paguemos por ter gozado dela.

O prazer que ela nos oferece, como em certo modo não é nosso, não temos nós que pagá-lo ou que arrepender-nos dele.

Por arte entende-se tudo que nos delicia sem que seja nosso — o rasto da passagem, o sorriso dado a outrem, o poente, o poema, o universo objectivo.

Possuir é perder. Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência.

Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, Livro 1, pág. 226

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Teatro Religião

De acordo com nossa amiga Renata "Estamos todos viciados em teatro" e ela tem razão. Estamos mesmo todos quase forçados a comparecer a oficina, todas as terças-feiras, por alguma força invisível a qual cada um localiza da sua maneira.

O teatro teve seu inicio histórico na Antiga Grécia nos cultos ao Deus do vinho Dionísio. Ao longo do desenvolvimento dos cultos foram surgindo diretores de coro, quais organizavão as procissões, e mais tarde foi inserido o uso de mascaras. Os participantes do culto a Dionísio bebiam vinho, cantavam, dançavam, e representavão cenas mitológicas ligadas ao Deus. (Era um inferninho que a galera organiza pra dar uma relax ehehe brincadeira, longe disso, era algo muito bem "moldado", mas pra dizer a verdade não sei que eu não estava lá, ok?)

Sinto o teatro de fato como a uma religião, uma religião de artistas, onde; como disse a Mariza; "Todos nós nos juntamos para servir a algo maior". Para um momento de comunhão e de encontro com nosso "eu" verdadeiro (que está lá no fundo protegido por zilhões de armadilhas que montamos pelo fato de sermos burros ou incapazes). Este momento de comunhão para servir a algo maior nos possibilida ter uma leve experiência de plenitude e de não solidão, de amor, de união, de carinho, de troca, de sinceridade, onde sentimos (como fazem os artistas; o coração da sociedade) ao invés de apenas raciocinarmos, em suma; uma experiência de plenitude...

Sinto o teatro como uma religião de artistas...
Beijos... já estou com saudades!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Velho Mar

Ontem, dia 27, assisti ao espetáculo velho mar.

É a segunda vez que assisto ao espetáculo e acho incrível o clima em que se encontram "derrepente, não mais que derrepente" envolvidos já os espectadores. O fio principal que leva as diversas estórias de pescador mantém a quem assiste a peça fixo em sua magia, sem tempo para maiores disperções. Momentos ritualisticos incríveis! os quais devo dizer que tenho uma certa preferência ehehe.

Entretanto o que mais me tocou foi a proximidade com o publico, a forte energia que exalam os atores, a comunhão, o espírito coletivo o qual todos nos sentimos envolvidos ao assistir o espetáculo, a maneira como é levado o jogo, a brincadeira, cheia de alegria e olhares ensopados de diversas emoções, desde o primitivo jogo da morte até a original loucura do amor, a inocência, os conflitos humanos explorados em diversos ângulos de maneira simples e fantástica.

Cénario criativo com aqueles barcos onde os pescadores balançavam a mercê do vento, e o contato com a areia que nos trás no minimo alguma pureza (não sei bem porque).

A fantasia dos atores ganhava vida a todo momento e quando aproximavam-se vinha junto um enorme calor inconfundível. A vida viva! e só de ver algo assim é revigorante! De fato tomei um banho de mar e me lavei da ressaca do mundo pra enfrentar um nova batalha.

Parabéns ao pessoal do Velho Mar e a nossa amiga Iolanda que foi quem criou este blog...
Vocês são foda! Io, muito obrigado de novo...
Abraços...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Amor

Olá!
Como vamos nós nessa nave espacial?

Bem... acredito que tenhamos entrado em uma nova fase de nossa oficina. Já está chegando o fim do ano e em breve nossa tão esperada (já um pouco ansiosa) apresentação. Passaram-se alguns meses e posso dizer que já sinto-me lisonjeado e quase especial por ter sido capaz de ter a
oportunidade de conhecer pessoas tão lindas, pessoas tão admiráveis, tão únicas...

Chega o momento da entrega, acredito estarmos prontos, entregarmo-nos de coração em luz ao momento eterno e passageiro desta maravilhosa oficina teatral. Como diz nossa mais que especial coordenadora, diretora, parceira, mulher, ser-humano (Não basta fazer parte da espécie Homo sapiens); Mariza. "Vocês mudaram minha vida" Cara... vocês mudaram minha vida. Fizeram toda a diferença, reviveram algo de bom que ainda esta vivo em mim!!! E eu já pouco nisto acreditava...

Pois bem... acredito ser o momento de entrega, e peço a mim a oportunidade de entregar-me, a oportunidade de doar muito mais do que receber de maneira a agradecer minimamente por tudo que temos aprendido, espero que todos possamos fazer algo semelhante no intuito de termos a experiencia completa desta estraordinária viagem que começamos e terminaremos juntos!

Amo todos vocês... Vocês mudaram minha vida
Abraços a todos, e muito amor, muito amor no coração

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ser criança é...

Oi, gente!

De volta ao blog, depois de uma jornada teatral em São José dos Campos. Vi coisas legais e coisas não tão legais. Mas de tudo o que assisti, gostaria de deixar aqui uma dica de um trabalho que gostei MUITO, e foi muito elogiado: ASTROS, PATAS E BANANAS, da Cia Katharses. É simplesmente uma viagem fantástica, apenas o palco e atores que falam em diversas línguas (até a dos animais!) e fazem com que o texto desapareça, perca sua importância, e todo o sentido surja no corpo deles. O post anterior do Guilherme me fez lembrar dessa peça linda, repleta de imagens que parecem ter saído do sonho de uma criança. Guardem esse nome para não perder uma oportunidade de assistir!

Eu fiquei empolgada com a discussão sobre voltar a ser criança e gostaria de propor uma brincadeira: que cada um de nós dissesse coisas que nos fazem felizes, engraçados, que nos fazem crianças. Ser criança não é só brincar de boneca ou fingir ser o super-homem, para mim, ser criança é:

TOMAR CAFÉ COM LEITE, CHEGAR EM CASA E VER MEU CACHORRO ABANANDO O RABO PRA MIM, OLHAR PRAS ESTRELAS, ANDAR DE BICICLETA OUVINDO MÚSICA, CHEGAR ATRASADA NO DENTISTA, CANTAR ENQUANTO LAVO LOUÇA, CANTAR NO CHUVEIRO, OUVIR O BARULHO DO CHUVEIRO DO VIZINHO DE MADRUGADA (E ELE TIRANDO CATARRO DO NARIZ), DAR BANHO NOS MEUS CACHORROS, PASSAR O DIA INTEIRO DE PIJAMA, REGAR AS PLANTAS, FAZER XIXI QDO ESTOU MTO APERTADA, CANTAR NO VIDEOKE, ABRAÇAR PESSOAS QUE GOSTO, FAZER TEATRO.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Essências

Cara... terça-feira fizemos um exercicio no qual tinhamos de voltar a idade remota de 5 anos... voltar a inocência e a verdade de certa maneira... voltarmos a origem, ao Sol, e a Deus de qualquer maneira... anyway what should I say?... enfim... voltar a simplicidade, e a clareza dos sentimentos...

Cheguei a uma conclusão sobre a vida e sobre o teatro através de tal exercício... Temos de fazer apenas duas coisas durante nossa atuação neste planeta: Sobreviver e brincar...

Abraços...
comentem porra!

inté...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Peça reflete poesia de Lagarce: MUSIC HALL

LUIZ FERNANDO RAMOS

CRÍTICO DA FOLHA DE S.PAULO

O teatro é também diversão, mas divertir não esgota tudo o que ele pode ser. O espetáculo "Music-Hall" explora as potências corrosivas do entretenimento quando observado das coxias e longe do público. O texto de Jean-Luc Lagarce, que é traduzido e encenado por Luiz Päetow, foi escrito em 1989 e tornou-se uma das peças mais conhecidas entre as criadas pelo dramaturgo e encenador francês. Uma das características de sua dramaturgia é recusar-se a tramar uma história bem delineada, e buscar sempre trazer o leitor ou o público para dentro da situação que as palavras, enunciadas sem contornos nítidos, vão constituindo. O espetáculo intensifica esse traço e abandona o realismo na apresentação dos personagens. A situação dramática proposta é a de uma artista decadente de music-hall que, diante de dois auxiliares -"meninos"-, reflete sobre sua condição de muitos pontos de vista. A opção do encenador foi tripartir a personagem principal em três atrizes, cada uma abarcando um aspecto marcante de suas falas, e manter as vozes dos "meninos" atribuídas a dois atores. Esta alternativa ganhou significado com uma engenhosa articulação de mínimos elementos cenográficos e de iluminação. Além de um corredor e de uma parede descascada, o espaço cênico se arma com três banquinhos aparelhados com alguma luz e uns poucos refletores. São esses elementos, somados a um homogêneo quinteto de talentosos intérpretes, que sustentam os parcos elementos referenciais que o texto de Lagarce oferece. O music-hall é um gênero que pode inspirar glamour e exuberância. Na peça em questão, exploram-se os seus aspectos sombrios, quando, por exemplo, os artistas têm que se apresentar em lugares barulhentos em troca de uma porcentagem do que se consumir no bar. A operação de neutralizar sentidos óbvios, e investir na riqueza poética do texto, resulta na ampliação do contexto do teatro de variedades. Atualiza para os espectadores presentes questões que remetem ao teatro em geral e ao próprio espetáculo em curso. Os atores Donizeti Mazonas e Sílvio Restiffe são discretos, mas brilhantes, em seu sapateado impotente. Gabriela Flores traz a faceta mais enérgica da personagem não nomeada da atriz. Gilda Nomacce alcança momentos sublimes na interação com um banquinho luminoso e Priscila Gontigo abre e fecha o espetáculo com uma fala sussurrada e macia, que se torna cortante ao escancarar a fragilidade dos atuantes diante do escuro e silencioso vazio a que se dirigem. Como diz a personagem, trata-se de um "musical sem música", ou quase isso. O que sobressai é a metáfora de um teatro solitário e sem horizontes, mas que ainda se aguenta ao encarar suas próprias sombras.

MUSIC-HALL
Quando: sábados às 21h e domingos às 19h, até 30/8 Onde: teatro Imprensa, r. Jaceguai 400, Bela Vista, tel. 3241-4203
Quanto: R$ 5 a R$ 10
Avaliação: ótimo

release completo nesse link aqui http://jqz.cv.zip.net/

a temporada se encerra neste fim-de-semana
aguardamos a presença de cada um de vocês

no pântano poético de jean-luc

alagar-se

Recebi esse email e nao conheço quem me encaminhou, mas me senti na obrigaçao de compartilhar.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

24º Festivale



Olá, olá! Onde estão todos?!

Vim dar um alô importante para ficarem espertos e se programarem: começa dia 3 (quinta-feira) a 24ª edição do Festivale em São José dos Campos!

Pra quem nunca foi, é um super evento que traz grupos de várias cidades para apresentar espetáculos e dar oficinas. Esse ano a programação parece estar bem legal, e já começa com coisa boa: o grupo Galpão vai abrir com seu novo trabalho Till, A saga de um herói torto. Esse grupo é muito bom, um dos mais reconhecidos no Brasil, e as peças são bem engraçadas, valhe a pena!



Till

Outra dica é a palestra do Cacá Carvalho. Esse nome é familiar? já ouviu em algum lugar? Pois é, "Jamanta não morreu", lembra? Esse é o cara, e o cara é bom, vale a pena ir na palestra (dia 13) e na peça dele Figurantes (dia 12). No dia 13 também tem o espetáculo Primus, da Boa Companhia. Não vi ainda, mas é muito falado.



Figurantes



Primus

No dia 12 o Paulo Willians (Travessia e Velho Mar) se apresenta com um grupo de São Paulo em Ruas de Barros. Assim como o Paulo, os grupos Caixa de Histórias (dias 8 e 13) e La Cascata (dia 13) são daqui, vamos prestigiar nossos parceiros!


Ruas de Barros

Essas são algumas dicas minhas, mas eu aconselho vocês a se esforçarem para ir ao máximo de peças possíveis, não é sempre que a Fundação Cultural traz tantas coisas bacanas. As oficinas possuem pouquíssimas vagas e tem que correr para se inscrever!

Aqui tem a programação completa:
http://www.fccr.org.br/festivale


É GRATUITO!


Encontro vocês lá!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Teatro ritualistico

Olá pessoal...
Hoje comentarei sobre um exercício interessantissimo que desenvolvemos. Um ritual. Deixo aqui as impressões que tive de maneira compacta pela minha falta de abilidade com as letras. Isto que abaixo é como um flash foi um exercício desenvolvido por cerca de uma hora.

Apagaram-se as luzes do palco, aprendeu-se um ritmo de dança, dançava-se no compasso da mais primitiva expressão humana por nós conhecida. Em pouco tempo o ritmo de todos era um só. Já era hora d'soltarmo-nos por todo o palco no pulso da dança primitiva. E eram índios por todos os lados, com os braços soltos, os olhos a rodar, as pernas a criarem raízes que arrastavam torrões de terra por onde passavam. E veio o suor escorrer pelos corpos que agilmente se cruzavam sem choque. Os corpos todos envolvidos numa nuvem de calor a qual nos fazia escorregar pelo ar de todos aqueles sentimentos acumulados desde muito. Uma orgia energética onde a única regra era manter o pulso. ta ta TUM! ta ta TUM!... E fecharam-se os olhos... ta ta TUM! ta ta TUM!... e baixou-se o pulso ta ta tum... ta ta tum... já não existiam seres humanos naquele palco. Já não existia palco! Eram apenas reflexos sensoriais sentidos por cada corpo da maneira a qual identificam-se e aprenderam a identificar com as energias próprias e alheias. Abrem-se os olhos e o caldeirão volta a rodar. Braços ao ar, olhos a rodar, pernas a arrancar torrões de terra do chão. E agitam-se as cordas vocais em berros grutuais. E o corpo todo berra, e o transe aumenta, é quase sexo! é quase Deus! é quase um corpo de mulher doce, quente, com aquele gostoso toque suave e húmido que nos encaixa feito chave e fechadura. Sentem-se os odores, e são cheiros fortes, os corpos a faiscar de vida. E finda-se o exercício. Os rostos já não são os mesmos.
Os sinais pscicologicos e físicos do dia-a-dia já não se escondem por detrás de nenhuma mascara.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Vollmond







Olá, pessoal!
Parece que estamos crescendo! No começo tímidos, mas aos poucos vamos ganhando força...

A Mariza fez um comentário com uma sugestão bem interessante: que tal um pouco de poesia? A princípio eu imaginava esse espaço como um diário de trabalho, pra fazer um registro objetivo das oficinas. Mas pensei na sugestão e acho que devemos nos expressar da maneira que cada um escolher, sobre seu próprio ponto de vista, seja contando uma história, escrevendo um poema, fazendo um desenho...

Eu não quero que o blog fique parado por tanto tempo, só com um post por semana (toda terça). Por isso pensei na idéia da Mariza, e resolvi escrever sobre algo que deixe a imaginação livre e inspire o trabalho do ator.
Meu grupo pesquisou muitas coisas pra fazer o espetáculo Velho Mar, e uma das coisas em que mais focamos, foi o corpo. Queríamos contruir um repertório rico de gestos e ações que estivessem além da mimese comum (imitação dos gestos cotidianos, "normais"). Assistimos várias coisas no youtube, e encontramos um vídeo incrível da Pina Bausch. Ela é uma coreógrafa alemã que morreu recentemente, e criou um estilo de dança bem original, a gente consegue ver uma relação com o teatro e a improvisação nos movimentos. As fotos que coloquei são do espetáculo Vollmond, e como muitos dos trabalhos dela, expressam um retrato da relação entre o homem e a mulher. Escolhi esse vídeo para compartilhar no blog porque quando assisto me dá vontade de dançar, de fazer movimentos aleatórios, sem sentido, só para ter a sensação de libertação. Espero que gostem!

Pina Bausch:
Vídeo:
Abraços

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

18 de agosto

Olá

Acho que primeiro devo agradecer a iniciativa da nossa prezada amiga Iolanda!
Que me chegou a comentar a ideia, amei, mas não imaginei que fosse se consolidar desta maneira franca e rápida. Iolanda muito, muito, obrigado! tu é linda!

Bem... nossa ultima oficina aconteceu dia 18 de agosto.
E se não me falhar a memória, abaixo deixo os relatos objetivos da mesma;

-Em circulo devidamente espaçado trocamos ideias gerais e pessoais brevemente.

-Começamos com um breve aquecimento vocal.

-Formamos outro circulo num espaçamento quase nulo de forma que estávamos praticamente colados uns aos outros. Neste circulo fizemos outro breve aquecimento e cantamos carreiro.

-Andamos pelo espaço e respondemos aos comandos da Mariza (deitar, agachar, cair, etc).

-Andávamos então pelo espaço de olhos fechados.

-A um de nós era solicitado cantar carreiro e aos outros guiados pela voz aproximar-mo-nos do primeiro (todos ainda de olhos fechados)

-Fizemos um exercício no qual agarrávamos uns aos outros, apenas aos solicitados, de maneira que nossos corpos estivessem sustentados por tais apoios (agarrões nas roupas, etc). Agarrados uns aos outros nas roupas, braço, cabeça, e de corpo solto. Ao solicitar o nome de algum que estava em jogo, este deveria soltar-se do apoio, causando assim mudança no resto das articulações. Como um efeito domino, no qual nem sempre todos iam ao chão, e nos causou boas teias coletivas.

-Formamos então uma fila vertical no palco. De maneira ordenada andávamos a frente e caiamos no chão conforme solicitados. O exercício foi repetido diversas vezes até ganhar liberdade. Nota que em muitas vezes outros corpos barravam o caminho de maneira a fazer o sujeito cair assim que barrado.

-Fizemos então a leitura da obra que será nossa matéria-prima para o espetáculo de conclusão de oficina. "Espera-me que ainda sou teu" - se não me falha a memória.


Creio que seja isto... minhas opiniões pessoais expressarei nos comentários.
Isto tudo é muito lindo!
Beijos e abraços... agora é só fazer acontecer ;D

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Pulsar, movimento e ritmo

Quem sou?
De onde venho?
Eu sou Antonin Artaud
E basta dizê-lo,
Como sei dizê-lo,
Imediatamente
Vereis o meu corpo atuar,
Voar em estilhaços,
E em dois mil aspectos notórios
Refazer
Um novo corpo
Onde nunca mais
Podereis
Esquercer-me.

(ARTAUD - Eu, Antonin Artaud. op. cit. p.111)
É com essa invocação mágica de Artaud que risco as primeiras palavras deste blog e selo um pacto com os que participarão dele. Aqui, a experiência do palco será compartilhada pela palavra e nessa partilha o ator poderá observar cada um de seus "estilhaços" e escolher de que maneira irá juntá-los para formar um novo ser, uma nova criatura. Aqui, seremos criador e criação.

Proponho que cada postagem contenha duas partes:

a. Uma descrição curta e objetiva do que foi feito naquele dia de oficina, desde o aquecimento até o encerramento. Isso vai funcionar como um diário de trabalho, que mais tarde poderá ser relido (e servirá como referência para verem o quanto evoluiram).
b. Uma reflexão sobre os exercícios sob o ponto de vista individual (como me senti, o que gostei, o que não gostei...) e coletivo (sintonia do grupo, compreensão do que tava sendo feito, etc). Aqui podemos puxar outros assuntos que complementem essa reflexão, sejam imagens, vídeos, poesias, experiências pessoais, etc.

Eu, como um olhar de fora e como alguém que esteve ausente de todo o processo até agora, vou dar início à primeira seção, mas só vou cumprir a primeira parte, porque não participei do exercício.

11 de agosto
- Fazemos uma roda, estabelecemos contato atraves do olhar, pequeno diálogo informal sobre nosso dia
- Nos movemos pelo espaço de acordo com o ritmo marcado pela música que cantamos (Carreiro)
- Descrevemos o que vemos, deitados no chão
- Deitamos uns sobre os outros e descrevemos como nos sentimos
- De olhos fechados, nos arrastamos em direção um ao outro até formarmos uma célula
Improvisações:
- a tempestade e o porão do navio
- mata fechada
- deserto
- abismo
- pelotão de fuzilamento (ditadura/nazismo)
- cia. de teatro vai criar espetáculo que fale sobre a liberdade e é reprimida por soldados (grupo dos militares, grupo dos atores e direção do Leandro)
- julgamento do oficial (Marcelo)
-fazemos uma roda e discutimos o exercício
Cenas:
- cada grupo ensaia sua cena (Romeu e Julieta)
- as cenas se desenvolvem no baile
- discussão sobre o texto a ser montado
-ENCERRAMENTO.
Ao invés da parte b, deixo uma pergunta para refletirem.

"O que é a essência do teatro? o que é aquele fator único que decide o fato de algo ser teatral? o que permaneceria se eliminássemos do teatro o que não é teatro (a literatura, as artes plásticas, a atualidade, as teses, o copiar a realidade)? qual elemento não poderia ser retomado por qualquer outro gênero artístico (por exemplo, pelo cinema)?"

(O Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski 1959-1969, p.40)

E uma outra pergunta que pode ajudar a responder:
No pelotão de fuzilamento, em algum momento vocês sentiram medo? sentiram raiva? sentiram dor? Se sentiram dor, medo, raiva, então por que não pararam o exercício? O que era real?
Pensem nisso. Mas lembrem-se de que não existe a resposta certa, só existe a resposta em que vocês acreditam.
Porque aqui, a palavra é do ator.

Seguidores